19. Autoproteção depois de passar por uma sessão de liberação espiritual
19.1. Recuperação orgânica e psicológica
19. AUTOPROTEÇÃO DEPOIS DE PASSAR POR UMA SESSÃO DE LIBERAÇÃO ESPIRITUAL
Depois de uma sessão de liberação espiritual, a pessoa é ela mesma, em estado puro e tem seu campo energético limpo. No entanto, existe a possibilidade de que seja atacada por novos seres espirituais que farão o possível para levá-la a situações que a desestabilizem emocionalmente, tentando provocar qualquer tipo de sensação emocional negativa (estresse, raiva, confusão mental etc.). Com a desestabilização emocional, as defesas energéticas da pessoa enfraquecem e as entidades podem possuí-la novamente.
Por exemplo, é possível que as entidades que acompanham outras pessoas próximas de nós percebam que estamos livres e induzam essas pessoas a fazerem ou dizerem coisas que nos perturbem.
Por tudo isso, é aconselhável que depois de uma primeira sessão de liberação espiritual demos uma especial atenção às seguintes considerações:
19.1. Recuperação orgânica e psicológica
Quando seres espirituais acompanham uma pessoa durante um longo tempo, vão deteriorando o organismo dela em todos os níveis e atacam principalmente o sistema nervoso. Desse modo, quando a mesma for liberada necessitará de um certo tempo para que o organismo se regenere totalmente, o que pode variar em cada caso dependendo do tipo de agressão recebida e da natureza particular da pessoa.
Os cuidados mais básicos a serem realizados após a liberação são uma alimentação saudável, suficiente e agradável, dormir bem e, idealmente, praticar um esporte que a pessoa goste.
Com relação à regeneração dos danos físicos e psicológicos, também é preciso prestar atenção à presença de sequelas deixadas pelos seres espirituais que acompanharam à pessoa antes da liberação. Sobre a natureza destas sequelas e como tratá-las, consultem-se as epígrafes: 7.9 As sequelas psíquicas e físicas e a oração 8.4.6. Oração para a limpeza de sequelas espirituais.
19.2. Abençoar a própria moradia e a si mesmo
Depois de uma primeira sessão de liberação, é essencial abençoar a própria moradia para eliminar a energia negativa que as entidades deixaram na mesma. Para tal fim, podem ser lidas as epígrafes 13, 14 e 15, que descrevem a natureza da benção e como realizá-la.
Depois de abençoar todas as salas da casa, você também pode abençoar a si mesmo ou outras pessoas com a mesma oração:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, fico/você fica abençoado/a.
Amém.
Depois desta oração, você pode molhar a si mesmo ou à outra pessoa com água benta, com a quantidade que desejar.
19.3. Orações de proteção
As orações de proteção são o elemento mais importante para a nossa defesa. Sem elas, qualquer outra coisa que fizermos para nos proteger vai fazer pouco efeito. Uma proposta de rotina de orações está disponível na epígrafe 21. Proposta de um sistema de autoproteção espiritual.
19.4. Autossugestão
É uma das principais formas de ficar carregados de entidades novamente.
É possível que depois da sessão de liberação nos venham a mente pensamentos negativos de medo por qualquer motivo. Inclusive, pode acontecer que alguma entidade dê provas da presença dela, perambulando ao nosso redor justamente para nos enfraquecer, pois o medo é um importante depressor de nossa áurea, o campo energético que naturalmente nos defende delas.
Caso nos autossugestionemos com pensamentos de derrota ou medo do tipo “já fui possuído de novo...”, “é mais forte do que eu...” etc., estaremos abrindo nossa porta de entrada. Por isso, sugerimos não valorizar nenhum pensamento negativo que vier à nossa mente depois da limpeza, seja qual for a natureza do mesmo.
Um dos pensamentos mais enfraquecedores e uma das mais graves mentiras existentes desde o ponto de vista espiritual é: “O mal é mais forte do que Deus”. E, ao contrário, um dos mais fortalecedores e que também é uma das maiores verdades universais: “O ser espiritual negativo mais poderoso deste mundo tem uma capacidade de ação limitada, pois ele apenas é uma criatura, totalmente insignificante comparada com a potência infinita do Criador”.
19.5. Como é o perfil da pessoa mais propensa a ser novamente possuída por seres espirituais negativos?
É uma pessoa que fez muito mal a si mesma ou a outras no passado? Que teve uma grande carência de fé? Que odiou o ser humano, Deus e o mundo?... A resposta é não.
Curiosamente, as pessoas que estiveram mais longe de Deus e que aceitam receber ajuda espiritual (executada por um bom praticante, é claro) costumam se recuperar muito bem, porque quando descobrem que Deus está presente, que o Senhor é um pai amoroso que está ali para perdoar, amar e regenerar, adquirem uma fortíssima motivação para orientar-se ao bem, e Deus as ajuda em tudo.
A pessoa que tem mais recaídas e que é mais difícil de ser liberada costuma ser alguém que pode levar uma vida muito de “pessoa comum”, mas que tem um acesso muito fácil ao praticante de liberação e sente que não precisa dedicar muita atenção ao cultivo da vida espiritual nem a se manter firme nas orações de proteção, porque quando vê que alguma entidade adere a ela, o praticante está aí, facilmente acessível.
Desse modo, Deus lhe limita a proteção. É como que lhe dissesse: “Você não leva a sério a sua parte da tarefa para se defender? Bom, então, siga sozinho...”.
19.6. Pessoas que não podem autogovernar-se emocionalmente
No caso de crianças pequenas ou pessoas com distúrbios psiquiátricos graves que afetam à consciência (demência senil, mal de Alzheimer etc.), o ideal é que outra pessoa ore incluindo-as nas próprias orações de proteção e, se possível, que abençoe de vez em quando o ambiente onde elas moram (veja a epígrafe 8.4.13. Orações pedindo proteção espiritual para outras pessoas).
Com relação a este grupo de pessoas, também cabe dizer que desde o Alto lhes é concedido um nível de proteção especial.
19.7. Atividades esotéricas e terapias não convencionais que comprovadamente produzem possessão
Um dos maiores problemas que observamos com relação à recuperação do paciente é que, depois da limpeza, ele pode realizar determinadas atividades que, justamente, funcionam como ímãs para as entidades negativas.
Segue uma lista daquelas que podemos confirmar como especialmente perigosas:
a) Invocação de espíritos pelo meio que for: ouija, espelhos, sessão de espiritismo em grupo, canalização, incorporação etc. (seja usando o transe ou técnicas de meditação sem ele, pois mesmo que se trate de espíritos bem-intencionados, é de se esperar que sejam almas penadas) etc.
b) Qualquer tipo de magia, branca ou negra. O pior do ritual é a parte da invocação de espíritos -mesmo invocando anjos- e o uso de velas associado a um ritual, o que funciona como um “farol na escuridão” para as entidades (se não se associa um ritual ao acendimento da vela, nada acontece por acendê-la).
c) Atividades terapêuticas baseadas na transmissão de energia por imposição de mãos e passes energéticos (reiki, energia universal etc.). Que um ser humano transmita a própria energia para outro não é prejudicial em si mesmo, o problema está em que com muita frequência os cursos para terapeutas desta área ensinam a associar a aplicação de energia a orações que invocam e canalizam entidades espirituais negativas, que fingem ser espíritos ou energias elevados. São invocados gurus e senseis (o que é como invocar qualquer outro ser humano), “mestres ascensionados”, “seres de luz”, “espíritos-guias”, “elementais”, energias cósmicas... -as quais são tratadas como seres conscientes-, raios e chamas espirituais, Deus Pai como “A Fonte” ou como “Deus Pai-Mãe”, Jesus Cristo como “Cristo Interno” (tergiversações do Deus Pai e Jesus Cristo bíblicos), “Deus, que sou Eu” etc.
Por outro lado, na hora de uma pessoa transmitir a própria energia para outra, se a presença de seres espirituais negativos acontecer –o que é o mais provável- eles se alimentarão da energia das duas, de quem a transmite e de quem a recebe. Além disso, estas terapias também trabalham para fazer com que a pessoa seja cada vez mais receptiva perante as entidades porque abrem progressivamente os chakras, de maneira que a possessão espiritual chega a acontecer em níveis muito graves.
Na maior parte dos casos, tais atividades resultam ser espiritismo disfarçado de terapia energética.
d) Uso de amuletos em general (pingentes, pedras energéticas, figuras decorativas etc.). As entidades sabem da capacidade de sugestão que um amuleto pode ter para a pessoa e se vinculam a eles com frequência. Podem inclusive produzir “efeitos mágicos” que a pessoa associará ao amuleto.
Colocar a fé em um amuleto costuma significar uma certa fragilidade da fé da pessoa, pois ela interpreta que receberá maior proteção de um objeto material que da oração direta a Deus. Os amuletos funcionam como uma espécie de “muletas espirituais”, gerando dependência psicológica e, se der o azar de que uma entidade negativa os acompanhe, obviamente o efeito será totalmente o oposto ao desejado.
e) Qualquer atividade que induza artificialmente estados de transe, de embriaguez, que tire a pessoa artificialmente do estado de alerta consciente: hipnose, ioga, meditação transcendental, drogas, danças e cantos rituais para tal fim, a oração contemplativa (esta última inclui coisas tais como a repetição de números, códigos e palavras ou frases específicas, compreensíveis e incompreensíveis -incluive da Bíblia-, chama a atenção para um lugar em nossa mente onde "ouvimos Deus" etc.).
Assim que o indivíduo entra em um estado de transe leve (isto é, assim que o cérebro começa a produzir as chamadas ondas alfa) suas defesas energéticas naturais diminuem e isso favorece a entrada das entidades.
As mesmas Escrituras advertem sobre isso: “Estejam alertas e fiquem vigiando porque o inimigo de vocês, o Diabo, anda por aí como um leão que ruge, procurando alguém para devorar. Fiquem firmes na fé" (1 Pedro 5: 8-9).
Em relação à repetição de orações, existe um contexto em que isso é prejudicial e outro em que não é. A oração repetitiva será prejudicial quando nos atordoa, nos leva ao transe. O caso oposto é o das orações de proteção: numa situação em que estamos sob um ataque espiritual, por exemplo, estamos no meio de uma batalha, em estado de alerta total (ou seja, em um estado totalmente oposto ao de transe) e a repetição da oração de proteção fará com que através de nosso canal de conexão com Deus recebamos gradualmente desde o Alto a energia necessária para repelir o ataque.
19.8. Questões psicológicas
Caso a pessoa tenha uma vida muito oposta ao que ela precisa em um nível psicológico profundo (relacionamentos humanos em general gravemente deteriorados, um emprego torturante desempenhado apenas por dinheiro, ausência de sentido vital etc.), isso produzirá um estado emocional alterado e um tom energético baixo de maneira permanente, o que facilitará os ataques espirituais. Fica fora dos limites desta obra abranger o trabalho do psicólogo, é claro. No entanto, esta questão deve ser no mínimo mencionada.
Se você tiver interesse em abordar algumas leituras sobre psicologia, a lista de títulos oferecida na epígrafe 21. Referências bibliográficas / 21.1. Psicologia e psiquiatria oferece uma série de obras fundamentais que lhe permitirão adquirir uma base geral sólida sobre a matéria.
19.9. Crença em religiões e filosofias anticrísticas
Os Evangelhos cristãos são baseados na ideia de que Jesus Cristo possui uma natureza divina ademais de uma natureza humana, ele é o Filho do Pai Eterno. Quando um praticante de ajuda espiritual cristão pede ajuda para o paciente, segue justamente esta concepção. A efetividade de uma sessão de ajuda espiritual vem de pedir ajuda em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Por isso, o que produz a liberação não é a força psíquica do praticante –que será mais ou menos potente, mas inevitavelmente limitada-, é a energia que vem desde o Alto.
A orientação crística produz liberação, a anticrística possessão. Desse modo, se alguém cujo sistema de crenças é anticrístico recorre à ajuda de um praticante crístico, depois da sessão de liberação existirão muitas probabilidades de que em pouco tempo a pessoa volte a atrair entidades no mesmo grau do que antes ou ainda pior.
No entanto, em que consiste uma religião ou ideologia anticrística? Consiste, basicamente, em negar que Jesus Cristo possui uma natureza divina por ser filho de Deus Pai.
Na prática, esta negação da divindade dEle pode acontecer por duas vias:
1ª. Por confrontação direta. Aqui a figura do Cristo bíblico é atacada aberta e frontalmente.
2ª. Por confrontação indireta. Aqui a existência dEle é aceita, mas procura-se algum argumento para rebaixá-lo a um status inferior (levando em conta sempre que, salvo raras exceções, ninguém que adota estas ideias está ciente de fazer algo prejudicial para si mesmo ou para outros). Então, são feitas afirmações tais como:
- Que Jesus foi um simples ser humano. Inclusive, em algumas ideologias é ensinado que tinha poderes extraordinários porque estudou magia em países do Oriente;
- Que é um “mestre ascensionado”, com um nível hierárquico igual ao de outros “mestres”, tais como Buda, Alá, Krishna etc.;
- Que é um ser extraterrestre;
- Concepções de Jesus Cristo como “Cristo Interno” (“Tripla Chama”), “Cristo Cósmico" ou “Maitreya”;
- Etc.
Se alguém pedir ajuda para um praticante de ajuda espiritual, este último não pode negá-la, mas sim será a obrigação dele perante Deus alertar ao paciente sobre o que possa prejudicá-lo espiritualmente.
Entrar em detalhes agora sobre cada um destes conceitos anticrísticos -entre os quais são incluídos todos os tipos de invocação citados no ponto 22.7. c)-, também excede os limites desta obra. Conhecê-los a fundo exige um estudo extenso que deverá considerar seus criadores, desenvolvimento e efeitos concretos sobre a comunidade à qual influenciam. No entanto, se você estiver entre as pessoas que incorporaram algum deles em seu sistema de crenças, podemos lhe propor que faça uma prova que muito possivelmente lhe permitirá julgar na prática o que aqui foi exposto. Simplesmente, permita-se não utilizá-los por um período de tempo determinado por você mesmo -um, dois, três meses…- e observe efeitos sobre o seu estado emocional, físico e em sua vida em general.
19.10. Possessão espiritual e dependência de substâncias aditivas
Hoje em dia o vício (de qualquer tipo) e a possessão espiritual são inseparáveis, não existe vício sem possessão e a maior parte dos viciados não consegue deixar completamente o estado de dependência porque as entidades lhes induzem a recaídas.
O momento em que uma pessoa está sob o efeito intenso de drogas, álcool ou qualquer elemento aditivo em geral é outra das situações onde a mesma está altamente vulnerável perante a possessão. No caso do álcool, um consumo moderado, isto é, sem chegar a embebedar-se, não oferece problemas.
Por tudo isso, se alguém com algum tipo de dependência se submete a uma primeira sessão de liberação espiritual, imediatamente depois deverá buscar algum tipo de tratamento, já que na próxima vez que se intoxique será novamente possuído com igual ou maior intensidade do que antes da liberação ser realizada.
Os tratamentos para as dependências químicas são múltiplos, é claro, mas sabemos que os grupos de apoio, por exemplo, oferecem uma ajuda muito boa e são especialmente adequados para pessoas com poucos recursos econômicos.
A liberação espiritual facilita extremamente o processo de superação da dependência. Em muitos casos, isso era a única coisa que estava faltando para a pessoa conseguir se desfazer definitivamente dela.
19.11. E se em algum momento dado a oração de proteção não funcionar?
Partindo da base de que na prática não existe nenhum ser espiritual que possa confrontar Deus, isto pode acontecer por dois motivos básicos:
- A pessoa está fazendo alguma coisa que impede a energia chegar até ela (uma ação, uma atitude, um estado emocional, uma ideia etc.). Então, deverá fazer uma autoavaliação para ver de que se trata: Por que a oração não está funcionando agora? Estou fazendo algo que impede que o Senhor me envie a energia? Estou deixando de fazer algo necessário para a minha proteção?...
- Pode acontecer que a pessoa não esteja fazendo nada de errado, mas necessite desse cenário de desafio para aprender alguma coisa que a fará crescer desde o ponto de vista espiritual.
Nestas situações, o que deve ser levado muito em conta é que tudo tem um sentido, o desamparo do Senhor não existe.
Mas, se alguém que já foi liberado e que está em um caminho de fé também tem que viver situações difíceis associadas ao mundo espiritual, qual é a diferença entre estar e não estar nesse caminho? Basicamente é esta: Quem não está com Deus é como se estivesse em uma batalha sem armas nem conhecimentos sobre como se conduzir na mesma. Quem está com Ele poderá ver a si mesmo no meio de uma batalha espiritual, sim, mas protegido desde o Alto e por isso recebendo um conhecimento e uma força que lhe permitirão se adaptar, em último termo, a qualquer situação.
Desse modo, o próprio destino não será o de uma simples vítima, pois depois da batalha ser superada experimenta-se uma fortificação da alma, um crescimento da fé, do conhecimento e do amor.