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EXORCISMO POR SKYPE: COMO E POR QUE FUNCIONA

O mero fato de falar sobre exorcismo já pode parecer loucura para qualquer leigo no assunto, ainda mais falar sobre exorcismo por videoconferência. A coisa parece piada… mas funciona e muito bem, por sinal. Na minha tarefa como exorcista cristão laico, a maioria dos procedimentos são realizados por esta via e posso dizer que eles têm a mesma eficácia do que os presenciais.

 

Para entender isso, devemos primeiro considerar o seguinte: os espíritos, qualquer que seja sua natureza, são feitos justamente do que podemos chamar de energia espiritual, a qual se comporta de maneira muito diferente dos tipos de energia que operam em nosso plano físico. Por exemplo, um fantasma pode mover-se na velocidade do pensamento, de modo que durante um exorcismo por videoconferência, em que exorcista e paciente estão frente a frente, para o espírito é como se todos estivessem na mesma sala. O paciente poderá estar na Europa e o Exorcista na América, para a entidade bastará com dar um passo em direção ao exorcista e estará, literalmente, em sua sala.

 

Meu primeiro exorcismo virtual ocorreu precisamente porque fui forçado a improvisar um meio de atender a uma pessoa que estava em outro país e que não tinha como chegar fisicamente até mim. Parti do seguinte princípio: algo como os malefícios, que consiste em fazer com que seres espirituais negativos ou a energia psíquica de um mago sejam enviados à distância para prejudicar alguém, funciona perfeitamente, isso é tão antigo quanto a própria humanidade. Então, se a energia espiritual negativa viaja à distância com total facilidade, por que a mesma coisa não aconteceria com a energia elevada que é transmitida em uma bênção ou que é concedida ao exorcista quando pratica as orações de liberação?

 

Então, tomei o procedimento presencial que utilizo habitualmente (que pode combinar orações, imposições de mãos, passes e fricções), o adaptei para o meio on-line e funcionou.

 

Para ilustrar este fato, contarei agora algumas situações que parecem especialmente claras para mim. Tal e como é habitual quando se escreve sobre este assunto, ocultarei os nomes reais dos pacientes.

 

 

O caso de Patrícia

 

Há um tipo de influência espiritual na qual as entidades se instalam e circulam pela áurea da pessoa (um dos campos energéticos emitidos pelo corpo humano e do qual as entidades tomam energia) sem penetrar propriamente no corpo físico.

 

Este foi o caso de Patrícia, quem iniciou a sessão dizendo que todo o seu corpo estava rígido e dolorido.

 

Eu iniciei um ritual que, realizado em pessoa, combina orações de liberação com fricções suaves com as mãos da cintura para cima do paciente (elas ajudam às entidades a deixar o corpo). Para substituir as fricções na videoconferência, criei o que depois chamaria de passes de impulso (descritos na seção 10.8: Pases de impulso da Guía de liberación espiritual o exorcismo). Pois bem, como através deles é projetada energia espiritual elevada, neste caso desde a cintura do paciente para cima, Patricia começou a experimentar como uma sensação de opressão em toda a parte superior do corpo, desde o peito até a cabeça, além de dificuldades respiratórias e uma sensação de náusea. É como se os seres estivessem se concentrando na parte superior do corpo por causa das rajadas de energia que vinham de baixo. Depois de uma primeira rodada de orações, as sensações negativas diminuíram significativamente, mas em seguida Patrícia começou a sentir formigamento em diferentes pontos, como se tivesse ratos correndo pelo seu corpo. Então, comecei a usar outra técnica de remoção, a de extração (descrita no ponto 10.10 Movimientos de arrancado da guia). Desse modo, eu ia lhe perguntando: “Onde você sente desconforto agora?” Ela apontava partes específicas do seu corpo e eu ia extraindo as entidades de cada uma delas. Dizia: "Agora ele está nesta mão, agora no topo da cabeça, agora nos ombros"... Para a videoconferência, ela estava usando o celular, de modo que quando mencionava uma região do corpo fora do meu alcance visual, eu pedia que ela a mostrasse para mim focando a câmara no local. A parte que chamou mais minha atenção foram as pernas, Patrícia não conseguia movimentá-las, tinha todas as articulações bloqueadas e doloridas. Então, pedi que focasse nelas, comecei a fazer os passes de impulso no sentido da sua cintura para baixo e a liberação dos sintomas progrediu dos quadris para os pés. Ela dizia: "Sinto como se houvesse alguém que se agarra às minhas pernas para evitar cair de um precipício. Agora já sinto as coxas livres... Agora está se agarrando aos meus joelhos, é como se umas garras estivessem se fincando neles... Agora está na altura dos tornozelos …", até dizer: "Já está fora".

Até limpar completamente Patricia, trabalhei sobre oito pontos específicos do seu corpo e, depois de aplicar os passes de impulso e os movimentos de extração em cada um deles, cada desconforto desaparecia instantaneamente. Isso confirma que a interação por videoconferência com espíritos e energias psíquicas e espirituais acontece.

 

Em outro momento posterior também pensei: E se durante um exorcismo por videoconferência a conexão cair? Então, me ocorreu usar uma foto do paciente para visualizá-lo, já que também para os feiticeiros é coisa normal fazer isso em rituais para atacar as suas vítimas. Os passes seriam aplicados na foto como seria feito no corpo presente da pessoa. Com isso, eu fiz dois testes, um utilizando a foto do paciente mas mantendo contato com ele por telefone durante o exorcismo e depois um segundo com um maior grau de distanciamento, fazendo o exorcismo apenas com uma imagem da pessoa sem contato visual ou auditivo. Ambos funcionaram, mas, isto é verdade, com um grau de eficácia algo menor.

 

A imagem que temos da pessoa na tela é apenas um conjunto de pixels, a fotografia é apenas um papel, mas com os mesmos o procedimento funciona porque permitem que o exorcista visualize muito claramente a imagem da pessoa e possa direcionar a energia mental e espiritual de uma maneira muito precisa, que não vai propriamente para a tela ou para a foto, mas vai na verdade para a pessoa e para as entidades. Isso é uma perplexidade, mas é uma realidade.

Tomemos o exemplo de outro caso, chamarei a pessoa de Pedro. Engenheiro químico, trabalha em um laboratório com máquinas que realizam vários processos de fabricação de remédios. Ele me ligou uma noite, sentia que estava sendo atacado espiritualmente de forma muito agressiva. Além de sentir presenças, ao longo do dia várias máquinas de laboratório pararam de funcionar, uma remessa de remédios produzida por ele estragou 10 vezes durante o processo de fabricação (algo impossível no seu caso, pois é um profissional excelente), seu chefe e um colega de trabalho brigaram violentamente na sua frente, saiu atordoado do trabalho, extremamente irritado e nervoso, caiu no meio da rua e quase foi atropelado por um carro.

 

Quando falou comigo, me pediu para limpá-lo usando apenas sua foto, pois disse que era muito tarde e que estava exausto. No dia seguinte, disse que estava muito melhor, mas que teve uma noite de sono ruim, com pesadelos, o que não é normal depois de uma sessão de liberação. Com exceção de alguns casos especiais, depois de um exorcismo a pessoa fica totalmente livre. Tivemos que fazer outra sessão, mas agora por videoconferência e com isso já ficou totalmente limpo. Não teve mais sintomas mentais ou "acidentes".

 

Após uma série de exorcismos usando fotos sem diminuições na efetividade, este foi o primeiro caso em que houve indicadores de que a liberação não foi 100% realizada. Atualmente, utilizo a foto apenas como plano B, ela tem um grau de efetividade muito considerável, mas, se possível, proponho diretamente a sessão presencial ou por videoconferência. Até agora não notei uma diferença na eficácia entre esses dois últimos métodos.

 

Para concluir, gostaria de dizer que com relação à liberação remota, esses não são nem sequer os únicos procedimentos que funcionam. Sei de colegas exorcistas que liberam o paciente sem contato direto algum com ele, sem áudio nem vídeo ou até mesmo sem foto, tendo apenas o nome e o endereço da pessoa. Minha conclusão final é que quando um exorcista diz "não é possível exorcizar à distância", significa apenas que não achou uma maneira de adaptar seu procedimento a essa situação. Simplesmente, existem procedimentos que podem ser adaptados e outros que não e a única maneira de saber isso é por meio da tentativa e erro.

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