top of page

16. A MAGIA

A magia não é outra coisa que uma ação ritual através da qual o ser humano manipula as energias de tipo psíquico ou espiritual para algum fim. Quando esse ritual é mantido dentro dos limites da ética se chama magia branca e quando os sobrepassa, magia negra.

Porém, na hora de conseguir alguma coisa que queremos, qual é a diferença entre o ritual mágico e a oração a Deus? Acima de tudo é esta: a oração é essencialmente humilde, pois pedimos aquilo que desejamos assumindo que vamos recebê-lo apenas se for alguma coisa boa e que faça bem à nossa alma. A magia, por outro lado, é essencialmente egoica, inclusive aquela considerada branca, pois o mago tem a pretensão e ilusão de exercer domínio sobre as energias que está movimentando.

Aqueles que tendem para a prática da magia, seja do tipo que for, existem desejos infantis de omnipotência e omnissapiência. Mesmo sendo exercida por algum motivo verdadeiramente altruísta, sempre aparece também um desejo mais ou menos inconsciente de exercer poder (e é preciso levar em conta que aquilo que impulsiona a avidez por poder é a baixa autoestima). Então, pelo fato de ter como motivação básica uma fraqueza psicológica, qualquer um desses rituais enfraquece nossos campos de proteção energética naturais perante os espíritos. Inclusive os feitiços em que se pretende invocar anjos, são nocivos.

Por outro lado, é extremamente raro que uma pessoa consiga resultados efetivos em um ritual mágico por causa da força de sua energia psíquica. Tirando as raríssimas exceções, são espíritos negativos os encarregados de produzir algum efeito, inclusive na magia, insistimos, supostamente branca. O ritual em si os atrai e, uma vez vinculados à pessoa, inicia-se seu processo de perversão e destruição, tanto para executor do ritual quanto para, dado o caso, quem o encomende, já que as entidades sempre cobram o serviço, tanto faz se for a curto ou longo prazo.

Também pode acontecer que, quando o iniciante observe que a execução de rituais de magia branca produz resultados práticos, o apetite de poder e conhecimento comecem a aumentar (a magia é uma atividade extremamente aditiva) até o momento em que, estimulado pelas entidades, sinta que para obter mais é preciso começar a explorar algum outro tipo de magia um pouco menos branca e mais “cinza”, isto é, que não conceda tanta importância à ética. Assim, pode produzir-se um avanço cada vez maior por esse caminho, até que a pessoa fica imersa, sem percebê-lo, na magia negra. Muitos praticantes desta última também acreditam inclusive -principalmente nas fases iniciais de aprendizado- que com isso estão fazendo o bem.

 
16.1. Rituais de magia para agredir pessoas

Costumam incluir a menção do nome da vítima e com frequência utilizam algum objeto dela. Na prática, o que o realizador do ritual faz é movimentar espíritos malignos contra ela, os quais provocarão conflitos, acidentes, doenças e até a morte.

Nos raríssimos casos em que o mago está dotado de um genuíno poder psíquico, os videntes observaram que se formam como uns “fios” de energia que conectam o corpo da vítima com o corpo do primeiro, através dos quais pode manipulá-la à distância.

Na imensa maioria das vezes em que uma pessoa sente que alguém fez magia negra para ela, nem sequer chegou a ser realizado ritual algum e trata-se apenas da influência de alguma entidade negativa que já estava com ela e que infunde essa ideia para enfraquecê-la e poder manipulá-la melhor, causando, além disso, todos os problemas que a pessoa estiver atribuindo à magia.

De qualquer modo, insistimos em que o ritual mais potente e temível pode ser anulado por Deus, pois o poder da mente do ser humano é algo sempre limitado e isso não acontece com o poder do Senhor.

16.1
bottom of page